Obra partilhada com o poema de Jorge Vieira, publicado em
Comboio… que parte
Jorge Vieira (poeta)
Em cada comboio que parte,
Há mãos em desalinho que acenam;
Festa de emoções que se reparte
Por corações que ansiosos esperam.
Em cada comboio que percorre,
Qualquer linha e para qualquer lugar;
Há sempre uma paisagem que se descobre
No colorido do nosso olhar.
Em cada paragem, em cada estação
Há encontros furtivos ou demorados;
Um abraço mais forte, um apertar de mão
Cobertos de silêncios magoados.
Em cada regresso, fica sempre a saudade
De uma viagem sempre adiada,
Presa à ousadia da nossa vontade,
A festa da vida inacabada.

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