domingo, 28 de agosto de 2011

Visões: "Soneto do Guarda Chuva"

do livro de Sebastião da Gama
"ESTEVAS"

Ó meu cogumelo preto,
minha bengala vestida,
minha espada sem bainha
com que aos Moiros arremeto,

chapéu-de-chuva, meu Anjo
que da chuva me defendes,
meu aonde pôr as mãos
quando não sei onde pô-las,

ó minha umbela - palavra
tão cheia de sugestões,
tão musical, tão aberta!,

meu pára-raios de Poetas,
minha bandeira da Paz,
minha musa de varetas!

Arrábida, 1-II-1950







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